segunda-feira, 10 de julho de 2000

Intenções de todas as missas

Hoje pretendo assitir a missa das 10 horas na Capela Dom Orione, da qual faço parte, desde o projeto de construção, colocação da pedra fundamental, e sempre em todas as missas que estou, peço intenções pela alma de João Atamiro, fica escrito no caderno das intenções, desde o primeiro dia da morte dele.
Muitas destas missas eu sou a comentarista, ou faço parte da liturgia, sou do apostolado da oração, coordenadora das capelinhas que visitam as familias, sou dizimista, sou voluntária nos trablho que favorecem os humildes, sou uma amiga de Maria e Santa Tereza de Jesus, do Beato Luiz Orione, de todas irmãs religiosas. As Imaculatinas do bairro Cruzeiro, das Terezianas, das Jesus Cruxificado, das Coração de Maria e tantas outras.
Sou muito grata a Deus, por todo o Clero, pelos padres dos quais (nós) eu posso confessar meus pecados, me purificar para viver uma vida digna de Cristã. Sou madrinha de uma religiosa, caminho com Cristo e Maria Virgem e Mãe, respeitando meus limites, em obidiência a "Santíssima Trindade" na qual estamos vivenciando esta ano santo 2000.
"Dou graças, amem"

domingo, 9 de julho de 2000

Relato da saída

Vou relatar como foi a saída de meu marido de casa: Ele depois que se aposentou, ficou muito nervoso, sempre estava a ir ao médico, se dizendo doente, dificilmente passava uma semana sem ir ao cardiologista.
Foi em um dia que compramos materiais de construção para edificar um muro do lado direito do terreno onde moramos. Ao chegar o caminhão de areia e tijolos, este subiu na calçada da frente e demoronou-a, quebrando e danificando a rede de esgoto e da água, foi péssimo o dano, neste momento o João perdeu todo equilibrio e imediatamente se dirigiu ao Hospital de Cardiologia para se medicar.
Quando chegou em casa falou ao filho Mário Luiz que, precisava por ordem médica sair de casa para se curar, então o filho lhe respondeu, vá pai, para a tia Lurdes em Capão da Canoa ou a tia Luiza em Niteroi (Canoas).
Ele então imediatamente, pegou algumas roupas e objetos de uso diário e tomou o ônibus e se foi.
Alguns dias depois procurei saber dele, se realmente estava nas casas indicadas, mas não estava, então nós ficamos apreensivos e eu fui na rodoviária onde os parentes dele tinham comércio, foi ai que ele passou a se comunicar com os filhos indo no trabalho dos mesmos.
Disse que estava muito feliz, estava fazendo grandes pescarias com os amigos e passando cada tempo na residência dos mesmos.
Então eu pedi a meu filho para entrar em contato com ele e marcar uma aproximação para dialogarmos, isto doi feito por diversas vezes, mas não consegui que ele voltasse para casa, mas não desisti, fiz propostas para que se ele voltasse, cuidarmos dos netinhos dos pais separados, mas ele nãoa ceitou, mas eu assim fiz, cuido na medida do possível até hoje.
Mas nestes dias, meses de ausencia dele de casa, busquei a verdade, qual não foi minha surpreza, ele ja tinha outra residência a da Telmo Vergara, bairro Intercap, mas com outra pessoa, foi grande minha dor, mas compreendi que ele optou assim para se curar dos problemas do coração. Sempre procurava os filhos para que eu lhe desse o divorcio, mas eu relutei porque eu e os filhos necessitavamos da presença dele em casa, eu fiquei como uma balança sem peso (daquelas antigas) nem para cima, nem para baixo, fiquei muito doente até que perdi o que fazia, meu trabalho humilde de cabeleireira, para ajudar os filhos para o estudo deles e mesmo na alimentação. Qual não foi iso, que, quase perdi nosso filho menor ainda o Adilson em um acidente.
Nesta época em 1988, pedi a meu marido para ajudar a cuida-lo em horas alternadas no H. Militar, o João Atamiro prontamente me correspondeu e dividiamos as dores e cuidados dispensados à este filho, foram longos meses.
Mas um dia me chegou um oficial de justiça com uma intimação para comparecer em juizo.
Quando compareci e fui ao encontro da pessoa dele, o meu marido João Atamiro, foi tão bonito o que aconteceu; Nossos advogados não encontraram o juiz ou promotor, então os dois advogados foram dialogar ou assinar a presença.
Eu e meu marido ficamos sentados em um banco num corredor enorme, ficamos como se não houvesse nada à ser feito, do que nós fomos fazer. Conversamos muito sobre os filhos, sobre nós, eu me sentia feliz pois estava com saudades dele, então não houve audiência e saimos nós e os advogados, quando ao passarmos por uma porta do corredor os nossos quatro filhos sairam dali e vieram ao nosso encontro com sorrisos e abraços, eu e meus filhos voltamos, mas ele não, se foi novamente.
Passaran-se muitos anos, nós sempre em contato por telefone em reuniões de familia em casa dos ilhos ele veio em casa.
Mas a outra mulher dele sempre impedia tal relacionamento, pois era muito agressiva com meus filhos e familiares dele, exemploa Elizabete, afilhada e sobrinha nossa, por parte dele.
Neste ausencia, ele foi internado para receber um marca-passo, problemas cadiaco.
Os filhos foram avisados, e foram ter com o pai, mas eu era proibida de ir, porque ela mandava recados por intermedio de nossos filhos mas sem conhecimento do João, para eu não ir lá, que o João não queria minha visita.
Mas como eram problemas do coração dele, eu para não agravar, ficava orando e angustiada para estar junto e cuida-lo, mas ela sempre foi taxativa, não é para ela vir.
Meu filho Ademir, dia, mãe não vá, porque ela pode armar um escandalo e prejudicar o pai, eu respeitei sempre meus filhos, mas eu tomava conhecimento da saúde dele, ligando para saber notícias, desta vez foi tudo bem.
Mas passados algum tempo teve de novo fazer algo referente ao coração, novamente ela mandou novo recado, que eu não fosse lá, pois ele o João não queria, mas eu esperava que ele voltasse para casa e eu ligava ou seja telefonava para falar com ele, para saber da saúde dele, sempre fui bem aceita e recíproca em nossa comunicação, mas eu não tocava na proibição, para que ele não se encomodar, sempre procurei ajuda-lo aproximando os filhos, os netos e enviando-lhe cartões de natal, dos quais ela riscava e devolvia a mim sem assinar a remessa. (Mas com aviso de que o João e eu não precisamos disto).
Mesmo assim eu continuei a proporcionar melhores dias a meu marido, porque sentia que ele não era feliz, como queria, mas notei que ele se sentia muito só.
Sempre indo no trabalho dos filhos e até trabalhando junto, porque ele se registrou como despachante no Detran e exercia esta função nas repartições onde os filhos trabalhavam, mas não sei porque parou de fazer isso; Novamente entrava em depressão e procurava falar com a filha, nesta ele perguntou se a nossa nora Zuleica que tem uma firma de prestação de serviço, junto a condomínios, aceitaria ele, o João para fazer alguma coisa, pois não aguentava ficar em casa, então minha (nossa) filha lhe respondeu, vá pai e fale com eles, foi assim com a ajuda da Jurema que ele falou, mas o filho que é companheiroda Zuleica, perguntou-me. Mãe, o que acha de nós aceitar-mos o pai para trabalhar na firma Max-Service? Eu respondi, filho o teu pai quer conviver com a familia, é a hora de traze-lo para perto de nós, então nosso filho e a mulher dele, lhe deram só incubência de participar dos trabalhos, tudo amigavel, só para que ele não se sentir só. Sei que ele o João fazia da melhor, até comida passaram a fazer lá, das quais ele é que dava o cardápio.
Tinha a cama para ele repousar após o almoço, nestes anos nós sempre nos encontrava na casa do Mário, como bons amigos.
Não sei quanto quanto tempo ele gozou desta felicidade pois fez novos e grandes aigos, se tornou tão importante na firma e para os familiares da Zuleica que quando ele sai para novamente tratamento de saúde, todos sentiram sua falta, foi grande o carinho que ele recebeu e eu sempre em oração pela família e recebendo graças sobre graças.
Novamente fez exames médico e verificou que tinha de fazer uma cirurgia para retirada de um quisto ou algo parecido. Mas desta vez eu não fiquei sabendo, o sigilo foi tão grande que nem o Adilson, o filho que mora comigo em casa, só ficou sabendo depois que ele estava em casa, mas eu conversando com minha netinha de quatro anos, ela me disse, vó eu e papai ficamos no jardim do Hospital para a mamãe ver o vô João que esta lá, fiquei surpresa, porque ninguem falou nada. Foi ai que perguntei a Jurema o que estava acontecendo e ela respondeu que, o pai tinha sido operado, mas que era simples só um furinho e ele estava bem, mas eu não acreditei e rapidamente tomei o telefone e liguei para meu marido na casa dele.
Ele atendeu e perguntei dele,me respondeu que: eu estou aqui com a barriga toda aberta, não me sinto bem, estou ruim e começamos a chorar, ele lá e eu aqui, foi muito doloroso saber que ele estava só em casa, com necessidades de cuidados especiais e eu não poder ajudar pessoalmente. Falei, fica sossegado, te acalma para que logo estejas bom, acredita estou sempre a rezar por ti, estou a trabalhar na Igreja para que nossa família seja abençoada por "Deus" e tudo melhore, mas em pranto fiquei muito triste, mas como tenho fé continuei a falar; Quero te dizer que desta vez eu não sabia até agora, foi a Marininha que me alertou, quero te dizer se eu tivesse conhecimento de tua hospitalização desta vez eu iria te acompanhar lá, mas lamento, esconderam de mim. Eu iria te visitar porque não doi problema de coração e contei tudo à ele sobre as proibições da Constantina, e além de tudo magoando nossos filhos com tais recados dirigidos a mim, mãe deles, doi muito.
Mas passaram-se um mês e dias e tudo foi repetido, novamente foi hospitalizado, desta vez por um infarto, ela novamente usou de mã fé, usou no filho Mário Luiz.
O Meu marido João foi internado na Santa Casa às vinte horas, mas desde as três da tarde estava infartado, não compreendo porque tanto tempo para o socorro.
Desta vez foi assim...
Ela avisou os meus filhos que residem mais próximos , não sei a hora, mas o Mário Luiz foi ao hospital e viu o pai em estado desesperador, em coma profunda, então como a Constantina estava com roupas pouco confortáveis, ele o Mário se prontificou a levá-la em casa para prevenir o agasalho necessário. Foi ai neste interim que ela se dirigiu dizendo, diz para a Maria tua mãe que o João não quer que ela venha no hospital, que ela não apareça, mas o Mário Luiz viu que era impossível não me dizer, porque o estado do pai era gravíssimo, então me telefonaram comunicando o ocorrido. Eu sou vó babá com responsabilidades excessivas, mas após ter liberado a Marina para a escola do qual meus visinhos é que levaram a mesma junto dos filhos deles até a aula.
"A pessoa em coma profunda proibiria?"
Então eu ja havia descidido que desta vez ela, a Constantina não me proibiria de vê-lo.
Falei para meus visinhos e amigos dizendo: Eu teimei com minha (falecida) mãe e me casei com o homem que eu amo, não é a constantina que vai me afastar do meu marido nesta hora, eu quero estar junto dele, eu quero falar pessolamente , nem que seja sentir ele próximo a mim.
Cheguei no hospital, meus fihos lá estavam junto ao pai no leito, eu e todos choravamos, mas tinhamos esperanças e fé, mas a vontade de Deus é maior, a idade dele, setenta e um anos e muitos problemas de saúde, e mesmo a solidão do qual soubemos que ele estava a se queixar, porque depois que saiu da firma da Zú, se sentiu abandonado, apesar de estarem em contato.
Lá na Santa Casa falei com o Padre Lino para que o João fosse assistido com mais este sacramento, o da unção dos enfermos, dos santos óleos e tudo mais, que um cristão merecidamente faz júz. O Padre como é de costume e o apostolado dele é maravilhoso mostrou-me a lista de paciêntes baixados todos os dias e que ele carinhosamente acompanha.
Contei tudo ao Padre Lino, chorei muito e ele me deu a benção e palavras amigas das quais só ele as saber dar, porque um Capelão de hospital é um verdadeiro ap´sotolod e Cristo.
Fui na capela rezar o terço, o rosário de Nossa Senhora, pedi pela recuperação do meu marido, pedi pela conversão da Constantina e por todos que ali se encontravam doentes e muitos abandonados.
Vendo e sentindo tudo isto, agora escrevo para um futuro de graças a meus filhos e netos, que lhes sirva de luz da caminhada.
Maria Arzelina da Silva

sábado, 8 de julho de 2000

Meu relato é tudo verdade. Verdade verdadeira

Minha palavra é um documento:
Eu não posso dizer não à uma açao ou ato que já tenha dito sim; Exemplo no meu casamento, frente a um Juiz de Paz eu disse sim, quando ele perguntou-me se eu queria casar com João Atamiro, eu respondi sim, tenho uma leve lembrança de ter naquele ato, posto a mão direita sobre a Bíblia Sagrada, em juramento.
Quando eu fui na Igreja para a preparação da cerimonia religiosa, lembro bem que fiquei aborrecida porque meu noivo João Atamiro não o fez; No dia da cerimômia, quando entrei na Igreja com meu padrinho de casamento, meu tio Romário eu me dirigi a pia da água benta, para benzer-me (já não era de costume).
Aqui fica bem claro que quando o juiz deu o veredicto que... se você não dizer sim ao divórcio, ele mesmo o faria, porque a lei dos homens é essa, que se fizesse, mas eu repetiria sempre que: Se a lei dos homens é assim, a de Deus não, porque o que Deus uniu ninguém desfaz, que eu me consideraria casada até a morte de um de nós ("Até que a morte nos separe"), mas naquele dia não foi nos dado o verdito final. Eu na continuação dos anos, ignorava a descizão do juiz, só tinha e tenho a de Deus; Mas como lei é lei, eu precisei fazer uma procuração de meu pecúlio aos filhos em vida e foi me pedido o novo papel de casamento. Então mandei pedir à meu marido, se ele tivesse, que me mandasse, mas ele me mandou uma xerox da qual não foi possível fazer o que eu queria. Foi então que tive de ir até o fórum de Canoas no dia 16 de setembro de 1999, foi ai que eu tomei conhecimento do verdito do juiz, do qual eu teria de ter recebido, pelo menos uma notificação na época, porque quando me enviaram a intimação pelo oficial de justiça eles sabiam meu endereço.
Tive que renovar minha identidade para igualar ao documento novo. Só fiz isso porque assim é a lei dos homens e me entrosar na vida social.
Aqui fica bem claro que mesmo separados do casamento civil, eu Maria Arzelina continuei a respeitá-lo e ama-lo mesmo em casas separadas.
Ele é o pai de meus filhos dos quais ele João Atamiro nunca se separou e continuaram sempre que era possível estarem juntos, por meu total acompanhamento, já que eu fiquei em nosso lar tomando todos os encargos e proteção da família, que eu Amo muito. Quando me perguntavam se ele não era mais meu marido ou diziam seu ex-marido, eu sempre fui taxativa em responder; Não, ex não, ele é meu marido até que a morte nos separe. Fui ao hospital em seu leito de enfermidade para dar meu carinho, mas ja era tarde, ele não resistiu o mal, a doença e se foi, mesmo assim eu como uma verdadeira cristã, lembro com dor e saudade do marido e pai dos meus filhos que se foi para a nova morada, a eterna, da qual nós todos um dia poderemos nos reunir, por decisão do grande "Pai de Bondade".
"Deus uno e trino".
Todas as missas que assisto eu mesma peço intenções pela alma dele, na capela em que trabalho voluntária, é sempre lembrado.
Doce lembrança de uma caminhada juntos: Na alegria e na dor; Na doença e na Saúde; Na discórdia e na paz.
De Maria A C da Silva
para meus filhos e netos.
Porto Alegre, 08-07-2000.
"Com Cristo, por Cristo e em Cristo"
"E a grande Mãe Maria Santíssima, Amem"
Da: "Palavra de Deus": Eclo: 41, cap 16
A boa vida tem somente certo número de dias, mas o bom nome permanecerá para sempre.