terça-feira, 15 de janeiro de 1985

Carta para Jú no Rio II

Filha amada, eu estou muito feliz, tenho recebida quase que diariamente cartões, cartas e toda a b]notícia de vocês que preciso; Jú, estou maravilhada pela atenção que tens com a família.
Filha ontem eu escrevi uma carta mas quando chegou a hora da escrita do envelope eu perdi o que tinha a remetente, fiquei triste, não tinha o endereço.
Ai eu hoje fui na Dadada e peguei com ela, fui rápido lá, estão bem.
Aqui todos muito bem, só o Lucas teve com gripe muito forte, eu fiquei com ele aqui e tratei-o com homeopatia e chás caseiro e ele ficou Mas teu quarto ficou todo revisado, ele adorava ficar no quarto da Dinda; Em uma noite ele disse que queria a mãe, e eu disse, fica mais esta noite no quarto da Dinda, ela não está e tu dorme lá, então ele concordou, no outro dia eu o levei para casa dele e ele foi para a outra vó. Filha eu estou procurando uma academia de luta livre e estou pensando em fazer uma matrícula para ti, para te preparar bem para a próxima viagem ao Rio, sendo assim tu vai te sair muito bem em tuas brigas. Estou surpresa da tua atitude de brigar na rua.
Aqui corres até de barata e ficas gritando de medo.
Minha filha não esqueça de fazer o sinal da cruz, quando tu levanta da cama e ando sai de casa, é bom, faz bem, faça uma oração ao Divino Espírito Santo, para todos quantos passarem por ti, sintam a presença de Deus.
Filha que Deus abençoe e te proteja, para que nada te falte, para que te realize em tudo e descanse nestas férias.
Segue as duas cartas, agora decidi manda-la, embora tinha repetição porque eu estava passando a limpo nesta folha, tu sabes eu sou assim, natural, gosto da pureza.
Acho que vamos à praia sexta-feira, teu pai e a família do Ademir irão.
O Adilson e o Mário estão silenciosos, acho que é falta de ti.
Beijos, abraços e todo meu carinho com amor da mamãe.
Maria a. C. da Silva